Homem é morto por sargento da PM após briga de trânsito na Grande SP

A vítima tinha completado 47 anos dias antes de morrer e tinha saído com a família para comemorar

Por Kelly Dias

Homem é morto por sargento da PM após briga de trânsito na Grande SP
Homem é morto por sargento da PM após briga de trânsito na Grande SP
Reprodução/Brasil Urgente

A vítima era quem dirigia um honda fit preto. Ele tinha acabado de se envolver em uma briga de trânsito e levar um tiro na nuca. Conseguiu dirigir por alguns metros, mas perdeu o controle e bateu em uma árvore. 

Os tiros foram disparados em um cruzamento, que fica em Osasco, na Grande São Paulo. O autor: um sargento da PM, que estava de folga.

Ele era comerciante, casado e tinha dois filhos. O mais novo entrou no velório consolando a mãe. O mais velho trabalhava com ele há quase 20 anos numa loja de celular, e foi pai recentemente.

A vítima tinha completado 47 anos dias antes de morrer e tinha saído com a família para comemorar.

Ele estava voltando da comemoração do aniversário dele. Já tinha deixado a esposa em casa e depois acompanhou o filho que estava em outro carro até a residência dele. Quando retornava, bateu no carro de um policial militar em um cruzamento.  O policial dirigia um golf vermelho, e deixou o local logo na sequência.

Em depoimento o PM contou que trafegava por uma rua e parou no cruzamento para que o honda fit que estava nesta outra, passasse. A vítima também parou. Depois, segundo o policial, ambos avançaram e o honda fit bateu na lateral do carro dele.

O sargento relatou que "deu ré para indagar o ocorrido, mas que o condutor avançou novamente com o veículo em direção a ele, cruzando na frente".

O PM alegou que achou que o motorista do Honda Fit havia batido no carro dele de propósito para tentar roubá-lo. Que "como não conseguia vê-lo devido à película totalmente escura no vidro, temeu pela integridade física e efetuou disparos contra o veículo".

O sargento relatou também que "acreditou não ter atingido o carro e ainda temendo pela segurança, deixou o local".

O PM só acionou 190 quando chegou em Jundiaí, na casa do pai, alegando que estava sem bateria e que só lá conseguiu carregar o celular. As versões apresentadas não convenceram a polícia civil que o prendeu em flagrante por homicídio doloso qualificado por motivo fútil.

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