
Mesmo na UTI, a médica de 67 anos espancada por assaltantes, no último sábado (15), em Osasco, na Grande São Paulo, conseguiu gravar com a reportagem do Brasil Urgente, por telefone. Na chamada, destacou que o quadro clínico dela é grave e que o politrauma sofrido pode evoluir para hemorragia pulmonar.
Segundo a vítima, houve melhora e não será necessário passar por cirurgia, mas vai precisar de muito repouso e acompanhamento.
A vítima relatou que, naquela madrugada, não havia movimento na rua, diferente de quando costuma correr.
Estava muito vazio! Veio esse motoqueiro. Quando ele voltou, eu já sabia que ele ia me assaltar (relato da médica)
A idosa estava sem o celular, mas com duas alianças, a dela e a da mãe, já morta. Na conversa, destacou as diversas tentativas violentas de o ladrão remover o adereço do dedo, inclusive com mordidas.
“Quando ele viu que não ia conseguir mesmo, o outro desceu da moto, me derrubou no chão, me deu tapa no rosto, chutes, foi uma sequência de chutes”, descreveu a mulher.
Mesmo se recuperando bem, a cena continua forte na memória da médica. Diante do ocorrido, ela pretende mudar a rotina de treino.
“Eu não paro de lembrar deles. Toda hora, vem à minha cabeça. Correr lá, nesse horário, não. Se eu for, vou com mais gente, mais tarde”, desabafou a mulher.
A vítima foi levada para um hospital particular de Osasco, onde ficou internada na UTI. Ela quebrou uma costela e uma vértebra e teve pneumotórax e derrame pleural.