Brasil Urgente

Irmão de Wilson Witzel, sargento é preso suspeito de facilitar furtos em SP

Douglas Witzel teria facilitado ações de criminosos ligados ao PCC para ataques a caixas eletrônicos

Rodrigo Hidalgo, com Portal da Band e Brasil Urgente

O terceiro-sargento Douglas Renê Witzel, da Polícia Militar de São Paulo, foi preso nesta quinta-feira (22) em Jundiaí, no interior de São Paulo. O militar é irmão do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

Douglas foi detido durante a Operação Rebote, que cumpriu 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em oito cidades de São Paulo. Segundo as investigações, Douglas teria facilitado ações para furtos de caixas eletrônicos no interior paulista. Ele foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital.

A investigação

PMs atenderam a uma ocorrência de furto em caixas eletrônicos em um supermercado de Várzea Paulista, no interior de São Paulo, em março de 2021. Mas os bandidos foram avisados da chegada da polícia e escaparam. Dois deles foram presos durante a fuga. 

Um dos ladrões já era investigado por fazer parte de uma quadrilha ligada ao PCC e tinha o telefone grampeado. Nas escutas, a polícia descobriu que, durante o roubo, ele mantinha contato com comparsas do lado de fora. 

A transcrição da conversa de quase duas horas deixa claro que houve conivência. O documento aponta que, ao fundo da ligação, os ladrões, por meio do celular do policial, ouviam todas as orientações do sistema do centro de comunicação da PM. 

Durante o crime, em março, o PM corrupto ligou de um outro aparelho para um superior durante o furto. Esse superior seria o sargento Douglas Rene Witzel, irmão do governador do Rio.

Alvo de mandado de busca e apreensão, ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma em sua casa em Jundiaí, onde a polícia encontrou um revólver com numeração raspada, um simulacro de uma pistola e munição de vários calibres.

Filiado ao PSB, Douglas WitzeL foi candidato a vereador em São Paulo na eleição do ano passado. Ele gastou mais de R$ 3,5 milhões na campanha, teve 768 votos e não se elegeu. Antes de se candidatar, o sargento trabalhou na assessoria militar da prefeitura de São Paulo. 

Procurado, o partido não se manifestou.