O caso do empresário italiano encontrado carbonizado dentro do próprio carro, na zona Sul de São Paulo, foi desvendado em poucos dias, segundo o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP). Um funcionário da vítima é o principal suspeito do crime.
Para a Polícia Civil, o funcionário, a esposa dele e um comparsa foram os responsáveis pela morte de Antonio Maiorano, de 40 anos. No depoimento, a mulher confessou o homicídio e contou detalhes da ação. Ela cumpre prisão temporária.
Já o principal suspeito, funcionário de Antonio, teve a prisão decretada, mas está foragido. O italiano tinha um estacionamento e lotes na cidade de Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo.
“O corpo encontrado, a princípio, nós não tínhamos a identificação porque ele estava muito carbonizado”, contou Ivalda Aleixo, diretora do DHPP.
Solteiro e sem filhos, Antonio tinha o hábito de ir ao estacionamento para recolher o dinheiro arrecado durante a semana, aos finais da tarde dos domingos.
O empresário foi visto pela última vez no estacionamento, onde a polícia acredita que ele foi assassinado a tiros. A advogada do italiano contou que ele teve um desentendimento com o funcionário.
“O que ela [advogada da vítima] sabia? Que ele [Antonio] havia ido ao estacionamento, que ele era proprietário do estacionamento, para fazer uma rescisão contratual com o caseiro. Desde então, havia perdido o contato com ele”, explicou Aleixo.
A Polícia acredita que, após o homicídio, alguém foi à casa da vítima para buscar o carro. Em seguida, o empresário foi colocado no porta-malas do veículo incendiado na zona Sul.
Imagens obtidas com exclusividade pela Band mostram os pinos de operação que estavam no braço da vítima e foram encontrados no porta malas do carro. Por meio desses objetos, a polícia confirmou que o corpo era do italiano.