Daiane, uma auxiliar de limpeza que estava grávida, foi assassinada a facadas e depois teve o corpo queimado pelo ex-namorado, Renato, um fiscal de ônibus de 28 anos. O suspeito prendeu a filha que tinha com a vítima em um quarto da casa, e abandonou a criança na cena do crime.
A polícia conseguiu encontrar na casa da vítima um teste de gravidez positivo e exames laboratoriais que confirmavam a gravidez.
O casal teve um relacionamento de três anos de idas e vindas, e até tiveram uma filha, hoje, com dois anos de idade. Daiane nutria sentimentos amorosos por Renato e tinha dificuldade com a separação do casal. Já ele namorava outra pessoa, mas tinha esperanças de um dia reatar com a mãe de sua filha.
A família da vítima acredita que em um dos reencontros do casal, Daiane engravidou novamente de Renato. Ela estava no segundo mês de gestação e o chamou para conversar. A intenção da jovem era reatar o relacionamento e formar uma família.
Segundo testemunhas, Renato não aceitou a proposta de Daiane e exigia que ela abortasse a gravidez.
Na casa da vítima, na Zona Norte de São Paulo, o casal discutiu e o acusado acertou um golpe na jovem, que ao desmaiar foi esfaqueada no peito. O suspeito colocou álcool em gel sobre o corpo de Daiane e depois atirou fogo na casa.
A filha de dois anos do casal estava em casa e assistiu ao crime. Depois, ela foi trancada em um outro cômodo pelo próprio pai. “Essa criança ficou na cena do crime, provavelmente, cerca de 15 a 16 horas”, estipula o delegado Sandro Vergal.
Depois de sair da casa, o acusado voltou ao local e fingiu solidariedade aos parentes da vítima.
As contradições no depoimento de Renato o levaram a confessar o crime em detalhes para a polícia do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça.