Laudo do IML comprova que barqueiro foi morto por asfixia

Justiça de SP decretou nesta quarta-feira a prisão dos quatro jovens que estavam no barco com o ambientalista Adolfo Duarte

Da redação

A justiça de São Paulo decretou nesta quarta-feira (25) a prisão dos quatro jovens que estavam no barco com o ambientalista Adolfo Duarte, conhecido como Ferrugem. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprova que a causa da morte do barqueiro foi asfixia mecânica.

Segundo a delegada do caso, Jaqueline Barros, o laudo exclui qualquer possibilidade de morte por afogamento. “Pela perícia necroscópica identificamos algumas lesões, uma no pescoço que pode ser decorrente de algum golpe e outras lesões que não causariam o óbito, mas que indicam a possibilidade de agressão antes da vítima cair na água”. 

Os jovens serão encaminhados ao IML Central, onde realizarão os exames de corpo de delito e ficarão presos em delegacias separadas. Segundo o tribunal, como os jovens foram presos hoje, ainda passarão por audiência de custódia. 

Relembre o caso 

Adolfo Souza Duarte desapareceu na noite do dia 1º de agosto. ele levou dois casais para o passeio. De acordo com os passageiros, o grupo de amigos passou a noite no bar e o barqueiro ofereceu um passeio de barco por R$ 55. Ele colocou coletes salva vidas apenas nas mulheres, mas disse que elas poderiam tirar no meio do passeio. 

O passeio durou 30 minutos e quando estavam voltando, aproximadamente 20 metros da margem, o barco sofreu um balanço forte.

O barqueiro e uma mulher, que estavam na parte de trás do barco, caíram na água. Um dos passageiros assumiu o volante do barco e deu a volta para socorrer as pessoas. 

Os passageiros jogaram uma boia na água e socorreram a mulher. Depois de cair na água, o barqueiro não foi mais visto. Ao voltarem à margem, os passageiros pediram ajuda e relataram terem sido agredidos por populares e frequentadores de um bar, sendo acusados de terem matado o barqueiro.