Delegado diz que Liziane Gutierrez pode responder por desacato e calúnia

Socialite ofendeu policiais que interromperam festa clandestina em bairro nobre de São Paulo

da Redação com Brasil Urgente

A socialite Liziane Gutierrez Reprodução
A socialite Liziane Gutierrez
Reprodução

A socialite Liziane Gutierrez, filmada ofendendo policiais que interromperam uma festa clandestina em bairro nobre de São Paulo no último final de semana, poderá responder na Justiça por desacato e calúnia. A informação foi revelada ao Brasil Urgente pelo delegado Osvaldo Nico Gonçalves.

"[A atitude] foi lamentável. Eu estava naquela festa com a força-tarefa, mas não presenciei o momento. Aconteceu na dispersão, eu estava no interior do local. Se tivesse visto, teria conduzido a mulher à delegacia. Mas nada impede, e estou em contato com Roberto Monteiro [delegado do 78 DP, onde foi registrada a ocorrência] que ela ainda responda um processo de desacato e até calúnia”, disse o delegado.  

“Ela nos xingou, disse que éramos ‘vendidos’, tentou intimidar a força-tarefa, mas não conseguiu. Ela só nos motiva. Depois de lá, no mesmo dia, fomos a outras três festas clandestinas”, completou.  

Osvaldo Nico Gonçalves ainda criticou a declaração preconceituosa da socialite, que, entre um xingamento e outro, disse para os policiais “irem para a favela”.  

“Ela foi infeliz. Não faz sentido. Nós já fechamos festas em Paraisópolis, Heliópolis. E tenho muitos amigos na favela, todos muito mais bem educados do que ela. Ela não pode menosprezar os outros assim."

Alexandre Frota rebate ofensas

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) estava envolvido na ação da força-tarefa junto a agentes do GARRA-DOPE (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos do Departamento de Operações Policiais Estratégicas) da Polícia Civil, da Guarda Civil Metropolitana, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Vigilância Sanitária e do Procon e foi um dos homens ofendidos por Liziane. 

Ao Brasil Urgente, o deputado disse que a mulher é “desequilibrada” e “não pode conviver em sociedade”. 

“É uma pessoa desequilibrada, vazia, preconceituosa. Absurdo o que ela falou. Nós não vimos porque estávamos entrando na festa, isso aconteceu em outro ponto. Ela mostrou ser uma pessoa que não pode conviver em sociedade. Só pensa em si. Neste momento que atravessamos, com mais de 500 mil mortos pela covid-19, estava dançando, cantando e ficou alterada porque a festa estava sendo encerrada. Tínhamos 116 denúncias dessa festa. Já sabíamos que iria acontecer fazia 48 horas”, rebateu Frota.