A operação aconteceu na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. Policiais foram às ruas para cumprir três mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. A investigação era voltada ao latrocínio do delegado Josenildo Belarmino, mas, num dos endereços, descobriu-se que muitos outros crimes podem estar relacionados, todos ligados a uma mulher de 41 anos, conhecida como “Mainha do Crime”.
Numa das casas ligadas à suspeita, a polícia apreendeu capacetes, mochilas de entregador, notebooks, maquininhas de cartão, placas de veículos, relógios, 18 celulares e mais de R$ 20 mil. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a mulher era uma espécie de financiadora de assaltos em São Paulo.
Mainha alugava armas para bandidos e, depois, comprava deles os produtos roubados. Na operação, foi presa em flagrante por receptação, posse ilegal de arma e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, mas ainda pode ser indiciada por participar de crimes ainda mais graves, como latrocínios.
“Com relação às armas, não há dúvida. Ela confessa serem dela, os capacetes, celulares, mas ela nega que fomenta o crime”, disse o delegado do caso.
Segundo o delegado, um dos capacetes achados com a suspeita é muito parecido com um que foi usado no caso do delegado Belarmino. A investigação chegou à Mainha do Crime seguindo os passos dos ladrões já identificados.
A polícia acredita que ela possa ter fomentado, também, o roubo que terminou com a morte do ciclista Vitor Medrado, em frente ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo.
“Grande possibilidade porque nós verificamos que eles fazem um circuito que envolve Santo Amaro, Brooklin, Itaim Bibi”, continuou o delegado.
De acordo com a investigação, a quadrilha que aluga as armas e depois vende os produtos roubados para Mainha é composta por pelo menos sete criminosos. Com a mulher, foram encontrados vários documentos de pessoas roubadas no Itaim Bibi.
Não foi a primeira vez que a Mainha foi presa. Em 2022, o Brasil Urgente mostrou a captura da mulher que fomentava os roubos. Um deles contra o então secretário de Segurança de São José dos Pinhais, no Paraná, vítima de um latrocínio na Marginal Pinheiros. Na época, foram apreendidos com a criminosa celulares, dezenas de bolsas, notebooks, óculos de sol, relógios, entre outros itens de valor.
“Ela é muito conhecida na favela do Paraisópolis. Ela já foi presa. Ela é contumaz nessa conduta de comprar objetos roubados e fornecer armamentos para ladrões”, informou o delegado.
