Mulher é suspeita de matar amigo, roubar sua identidade e gastar R$ 1 milhão

Investigação aponta que Maryana Elisa matou o amigo, foi morar na casa dele e fez procurações falsas para movimentar dinheiro

Por Kelly Dias

Mulher é suspeita de matar amigo, roubar identidade e gastar R$ 1 milhão Reprodução
Mulher é suspeita de matar amigo, roubar identidade e gastar R$ 1 milhão
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Maryana é cantora e maquiadora. Ela teria conhecido Marcelo do Lago Limeira em festas. De acordo com a polícia de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Maryana roubou a identidade de um amigo após mata-lo com excesso de remédios fornecido pelo outro suspeito, identificado como Ronaldo Bertolini, que está foragido.

Ela alugou uma chácara em Campo Limpo Paulista e com a ajuda de um amigo chamado Ronaldo, tentou queimar o corpo da vítima em uma churrasqueira. Os restos mortais foram jogados em uma estrada na divisa com Jundiaí.

Sem documentos, e nada que pudesse servir como identificação, Marcelo do Lago Limeira, de 52 anos, foi enterrado como indigente. 

A polícia começou a investigar o caso depois que a irmã de Marcelo deu queixa de desaparecimento dele. Isso aconteceu um ano depois do crime, já que os dois não eram próximos. Ao procurar pela vítima através da tia, ela chegou a Maryana. 

Segundo a polícia, Maryana estava vivendo a vida de Marcelo. Ela foi morar na casa que era dele, e depois passou a alugar o imóvel recebendo por ele como se fosse a vítima.

Maryana chegou a fazer procurações em nome de Marcelo para movimentar o dinheiro dele. O plano só deu certo porque ela é transexual e a vítima tinha feito uma cirurgia no rosto também para mudar de gênero. Foi assim que a suspeita conseguiu enganar os funcionários do cartório. Ela disse que os documentos novos ainda não estavam prontos e afirmou que Marcelo passou a se chamar Maryana. 

Para a tia de Marcelo, uma idosa de 73 anos, ela dizia que estava cuidando das coisas da vítima que teria viajado para o exterior depois da cirurgia. Maryana passou a receber a mesada que a idosa costumava dar para a vítima, uma quantia de mais de R$ 3 mil. 

Era a tia também quem pagava todas as contas e fazia as transações financeiras no banco de Marcelo com procurações conseguidas por Maryana e Ronaldo Bertolini, que está foragido, tenham movimentado cerca de R$ 1 milhão da vítima.

O crime só foi descoberto após uma gerente de banco desconfiar que Maryana não era Marcelo. A funcionária notou que a suspeita fazia muitas movimentações financeiras. Após checar as imagens, a polícia foi acionada, que iniciou a investigação.