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Mulher que matou a filha e escondeu corpo em geladeira já foi presa por tráfico

Ruth Floriano segue na cadeia após confessar o assassinato no último sábado (26), em São Paulo

Por Sandra Redivo

Mulher que matou a filha e escondeu corpo em geladeira já foi presa por tráfico
Mãe matou a própria filha em São Paulo
Reprodução/Brasil Urgente

Ruth Floriano, presa em flagrante por matar a filha e esconder o corpo em uma geladeira, tem outras passagens pela polícia. Aos 21 anos ela foi presa por tráfico de drogas, quando estava grávida, e cumpriu a pena atrás das grades. 

A pequena Alany, morta aos nove anos pela própria mãe, nasceu neste ambiente, mas foi criada pelo pai até Ruth sair da cadeia e pedir a guarda da menina. Depois que Ruth conseguiu a guarda, ela conheceu um homem e casou com ele, tendo mais dois filhos. No início do ano, o companheiro pediu a separação e foi aí que a acusada começou a planejar a morte de todos. 

Aline Floriano, irmã de Ruth, contou com exclusividade ao Brasil Urgente que a acusada tinha um plano de matar a família inteira. Ruth Floriano foi presa em flagrante em São Paulo e atualmente está na cadeia de forma preventiva. 

A irmã da acusada contou que a família segue em estado de choque e soube do plano de Ruth na delegacia. A presa, que tem outros dois filhos, pretendia matar o ex-marido por não aceitar o casamento e os filhos. 

“Ela falou diretamente na delegacia e todos os familiares ouviram que ela queria matar ele e as outras crianças, terminar o serviço e se matar. Estava tudo marcado, ela viu a hora, quando ela entrou na casa, ela pediu para ele vir sozinho”, conta. 


Segundo Aline, a morte da pequena Alany, de nove anos, teve o objetivo de atingir o ex-marido de Ruth, que nem pai da menina era. “Ele tinha um amor pela Alany, era algo inexplicável, você via fotos deles juntos e pensava que eram pai e filha, não tem como. Ela disse que foi, pelo o que ouvi, que foi para atingir ele e atingiu”, afirmou. 

Há cerca de três meses, Ruth tentou matar o ex-marido com uma faca, mas acertou o golpe no braço. Ele ignorou a agressão, mas ela seguiu colocando em prática o plano traçado, começando pela pequena Alany. 

Alany sofria maus-tratos

A tia da menina que cuidava da criança a maior parte do tempo, mas a mãe tinha a guarda e, por isso, ficava com a garota. Para o Brasil Urgente, a prima contou que Alany pedia para morar com a tia e os primos o tempo todo. “Ela sempre falava: 'Tia quero morar com você, a a mãe me deixou de castigo, hoje ela bateu minha cabeça na parede. A tia era sempre chamada na escola, aí aconteceu isso, a gente já esperava”, conta. 

Mãe matou a filha com facada no peito

O corpo de Alany foi encontrado em uma geladeira, escondido e em avançado estado de decomposição. “Chegamos no local foi constatado as partes do corpo no interior da residência, algumas em putrefação e outras no congelador, algumas partes no cooler e outras em sacolas”, conta o soldado Ramos, responsável pela ocorrência. 

Ruth matou a filha com uma facada no peito, depois esquartejou a filha e tentou se livrar do corpo aos poucos, para não levantar desconfianças. A mulher confessou a barbárie. “Ela falou que ela havia cozido a parte do tórax da criança e adicionado ácido para tentar dissolver e jogar pelo ralo, mas não conseguiu”, conta o soldado. 

A descoberta do crime ocorreu após a mudança da acusada, há 15 dias. Os vizinhos ajudaram com a mudança, mas desde o início desconfiaram do comportamento de Ruth. A geladeira, durante a mudança, estava vedada com fita preta e coberta por um lençol. A mulher que alugou a casa para Ruth decidiu entrar e ver o que era. 

“Achei que era droga na geladeira, só que não era droga, eu abri a geladeira e era o corpo de uma criança. Ela enganou todo mundo", conta a vizinha ao Brasil Urgente. Ao confessar o crime, Ruth contou que matou a criança após usar drogas e por estar com raiva do pai da menina. 

Ruth está presa de forma preventiva e o delegado informou que ela deve responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.