O novo aumento nos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras revoltou motoristas que conversaram com a reportagem do Brasil Urgente em postos da cidade de São Paulo.
“É abusivo, totalmente abusivo. Precisa ser refeita essa política”, disse Antônio.
A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%.
Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. Já o gás de cozinha, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.
O aposentado José Correa disse que com o aumento ele passará a usar menos o carro e dará preferência ao transporte público da cidade.
“Muito absurdo porque o salário não aumentou na proporção e a gente está à mercê destes aumentos abusivos”, disse.
Hoje em São Paulo, o preço da gasolina, por exemplo, varia muito de acordo com a região. Mas sempre entre R$ 6 e R$ 8. Agora, com o novo reajuste, os motoristas já podem aguardar para mais um aumento nas bombas.
Só no ano passado, a Petrobras reajustou os preços da gasolina 16 vezes e do diesel, 12 vezes. Neste ano esse já é o segundo reajuste.
O primeiro do ano foi em janeiro, a gasolina em 4,85% e o diesel em 8,08%. Para o consumidor, os preços estão além do abusivo.
A professora Ligia Sanchez diz que o aumento é uma bola de neve.
“É desesperador, a gente tem vontade de chorar. Eu uso meu carro para trabalhar o dia inteiro. Além do trânsito, ainda pensar em gasolina. Um aumento atrás do outro. Não tem como se virar”, afirmou.