Operação da Polícia Federal do Brasil em conjunto com Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e um órgão de investigação dos Estados Unidos. Na mira, um dos maiores esquemas de tráfico de armas na América do Sul
A investigação começou na Bahia há três anos quando em uma apreensão encontraram armas com numeração raspada. A perícia da Polícia Federal chegou a origem das pistolas automáticas. Eles descobriram que o armamento era importado da Europa, mas não chegava diretamente ao Brasil.
O alvo principal não foi localizado e é apontado como o responsável por vender fuzis e outras armas para o PCC e o Comando Vermelho. O argentino Diego Hernan Dirísio é visto como o maior contrabandista da América do Sul.
A Polícia Federal acredita que o bando de Dírisio conseguiu movimentar R$ 1,2 bilhão e entregou para o PCC e Comando Vermelho mais de 40 mil armas.
Foram cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai, além do sequestro de bens como casas e carros que somam mais de R$ 60 milhões. Muitos dólares foram encontrados nas casas dos criminosos.
A Justiça brasileira determinou que os alvos que não foram localizados agora fossem incluídos na lista vermelha da Interpol e, se presos, sejam extraditados imediatamente para o Brasil. Ainda segundo a PF, entre 2019 e 2022 o grupo de Dírisio trouxe da Europa 17 mil armas sendo dois mil só em fuzis 556 e 762.
No Brasil, a Polícia Federal esteve em 10 Estados e não há dúvidas de que o foco principal da quadrilha era chegar em São Paulo e o Rio de Janeiro, redutos do PCC e Comando Vermelho. E o caminho das armas passavam pelas rodovias principalmente do Paraná e Mato Grosso do Sul.