Pai de uma das vítimas das chuvas de Petrópolis, Adalto Vieira da Silva está em busca do corpo do seu filho, Lucas, que foi entregue a uma equipe de resgate, mas desapareceu.

“Eles falaram que não adianta mais ir lá não, que não está, que tem que fazer busca no morro. Como tem que fazer busca no morro se desceram com meu filho? Eu enterrei minha esposa e minha filha juntinhas, e meu filho está aí. Oito dias já, gente, e não conseguem. Ninguém me dá uma satisfação”, desabou Adalto.

Adalto estava com a esposa e os dois filhos no Morro da Oficina quando a chuva ficou mais forte. Primeiro, ele levou Eliane e Ana Clara, de 6 anos, para um bar, na parte de baixo do morro. 

Eliane, Ana Clara e Lucas morreram no meio da avalanche de terra e destruição.

Desde terça-feira, na semana passada quando aconteceu a tragédia, Adalto e os parentes continuam indo para a entrada do Morro da Oficina, onde ele vivia e acabou perdendo toda a família. 

Mas todo mundo já foi resgatado do local, os corpos já foram retirados e mesmo assim ele está atrás do corpo do filho, que havia sido achado e reconhecido por ele. Adalto já foi no Instituto Médico Legal (IML), na delegacia, pronto-socorro e até já procurou com os Bombeiros e o corpo do rapaz não reapareceu ainda.