A Força Especial de Luta contra o Narcotráfico da Polícia Boliviana apreendeu uma aeronave, carregada com 330kg de cocaína pura, em uma pista clandestina no interior da Bolívia. As equipes já monitoravam a quadrilha e conseguiram prender os quatro traficantes internacionais.
Um deles, o piloto do avião, de nacionalidade peruana, seria o responsável pelo transporte da droga até o país vizinho.
No momento em que a polícia fez o cerco na fazenda onde estava a aeronave, os traficantes se separaram para levar os tabletes de cocaína dentro de sacos plásticos. O transporte aconteceria a bordo de carros e motos, que também foram apreendidos. Segundo autoridades locais, a droga seria levada em breve para a fronteira com o Brasil.
A suspeita é de que a cocaína apreendida pertencia ao PCC e desembarcaria no Mato Grosso do Sul. Depois, seria levava para portos brasileiros com destino a Europa.
Recentemente, a Força Aerea Brasileira, derrubou um avião de pequeno porte que entrou no território venezuelano sem permissão de voo. Os caças da FAB fizeram o acompanhamento pelo ar e determinaram a ordem de parada. Foi aí que os militares tiveram a autorização para abate-lo. O piloto morreu na queda.
A investigação acredita que o piloto estava a serviço do crime organizado e seguia para o país vizinho para buscar cocaína. A Bolívia e o Peru são os principais fornecedores de cocaína para o PCC.
Em território nacional, a droga entre pelo Paraguai, Bolívia, passando por Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, onde o porto de Santos é a principal via de escoamento da cocaína. Cerca de 90% da cocaína pura tem como destino o mercado europeu e asiático, onde a grama é dez vezes mais valiosa.
Por conta do alto custo, a droga segue a bordo de pequenos aviões até o Brasil. Essas aeronaves conseguem driblar as fiscalizações aéreas e, assim, evitar apreensões e prejuízos e as máfias das drogas.
No início do mês, policiais civis do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, apreenderam um bimotor que era usado pelo tráfico internacional de drogas. A aeronave, avaliada em R$ 5 milhões, estava em nome de um piloto, morador do Tatuapé e que, segundo a polícia, fazia a rota Peru e Colômbia para trazer cocaína para o Brasil através dos estados do norte. A suspeita é de que ele tenha ligação com cartéis mexicanos.