PCC: investigação aponta que Natacha Horana fazia parte de núcleo secreto da facção

O Brasil Urgente teve acesso a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte

Felipe Garraffa

O Brasil Urgente teve acesso a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte que revela uma ligação de Natacha Horana com o PCC. A influenciadora e ex-bailarina tem mais de um milhão de seguidores em apenas uma rede social e postava uma vida de academia, viagens e treinos.

No documento, o MP afirma que Natacha faz parte de um setor do PCC para lavar dinheiro e teria um relacionamento com um dos principais líderes da facção Paulista. Núcleo que contava com amigos e parentes que auxiliaram na movimentação de valores e atividade de ocultação de recursos ilícitos.

O que restou demonstrado na presente investigação é a existência de um núcleo secreto, dentro do PCC, destinado à movimentação de valores, por meio de contas bancárias de laranjas e empresas de fachadas, assim como do recrutamento de pessoas para executar depósitos em espécie em favor da Organização Criminosa. 

A influenciadora foi alvo no mês passado de uma operação que a colocou atrás das grades. Ela é apontada como uma das responsáveis pela lavagem de dinheiro de Valdeci Alves dos Santos, conhecido como Colorido. Para o Ministério Público, Natacha e Colorido tinham um relacionamento.

Na casa da influenciadora, foram apreendidos quase R$ 120 mil em dinheiro vivo, além de uma Mercedes avaliada em R$ 400 mil. Colorido até o momento da prisão era conhecido como o número 2 do PCC e foi colocado por Marcola para chefiar a facção. 

Valdeci comandava o PCC nas ruas até ser preso no interior de Pernambuco em abril do ano passado. A polícia conseguiu provas da lavagem de mais de R$ 23 milhões. Mesmo depois de preso, de acordo com a polícia, colorido continuou coordenando o esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. 

Ele é apontado também como o responsável por ordens de execução. Teria partido de Colorido a ordem para a morte de Nóe Shaun, matador contratado para executar Anselmo Cara Preta. 

Por determinação de Valdeci, a cabeça do assassino foi jogada na mesma praça onde ele matou o traficante. Cláudio Almeida, o Django também teria sido morto por ordem de Colorido depois de salvar Vinicius Gritzbach do tribunal do crime, durante a trama envolvendo o assassinato de Cara Preta. Colorido fazia parte do plano de fuga de Marcola e outras lideranças do PCC.

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