A Justiça Federal frustrou planos de líderes do PCC que tentavam libertar integrantes da facção. O plano, segundo informações do Brasil Urgente, incluía o sequestro e a tortura de diretores de presídios federais, conhecidos como ‘cabeças brancas’ para a facção.
Segundo o documento que o Brasil Urgente teve acesso, análises de bilhetes e áudios mostram que "o plano inicial seria assassinar agentes federais de execução e agora o objetivo é sequestrá-los e torturá-los para exigir a liberdade de ‘Vida Loka’, ‘Andinho’ e 'Tiriça'.
Segundo a investigação, ‘Vida Loka’ conversou com André Luiz Soares de Oliveira, o ‘Linguiça’, dentro da cadeia, para escolher um comparsa solto para colher informações de agentes federais de execução penal. Ele teria recebido ajuda mensal do PCC por auxiliar no projeto criminoso.
‘Vida Loka’ teria dito aos comparsas que tinha amigos de confiança e que orientava ‘Linguiça’ para mandar a proposta do plano. Em outra situação, ele ligou pedindo R$ 3.500 para comprar uma pistola, que tinha um conhecido do Exército e que, na realidade, precisava de pistolas e coletes com munições.
Todas as mensagens e conversas foram interceptadas e o plano descoberto. Tudo isso foi motivado a partir da transferência de líderes de facções criminosas para presídios federais — o que limitou principalmente visitas íntimas. Essa estratégia foi descoberta entre 2017 e 2018. Para o promotor Lincoln Gakyia, que é ameaçado constantemente de morte pelo PCC, os planos de resgate e atentados continuam.