
Rafael Rodrigues Novais era policial militar há oito anos e, lotado no 4º Batalhão da PM na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. O agente pegaria no serviço às 11h, mas, uma hora e meia antes, foi executado a tiros na porta da casa onde morava com a mãe e o irmão, na região da Brasilândia, Zona Norte da cidade.
Rafael era engajado em vários projetos sociais na região onde morava. Montou até um time de futebol para crianças e adolescentes. Queria servir de exemplo para quem vive na periferia.
Em entrevista exclusiva ao Brasil Urgente, o irmão do PM contou que Rafael se apaixonou pela farda só mais tarde, pois cresceu querendo ser bombeiro.
Solteiro e sem filhos, “Rafinha”, como era carinhosamente conhecido, falava sobre o trabalho nas redes sociais. Tinha mais de 50 mil seguidores no Instagram e mais de mil inscritos no canal criado no Youtube.
O vizinho assassino foi morto a tiros, em confronto com a polícia, cerca de 1,5 km do local da execução, num barraco desocupado. As autoridades receberam uma denúncia anônima sobre o esconderijo de André Leandro de Souza Malta, de 29 anos.
Rafael e André são vizinhos há décadas e cresceram juntos na comunidade. O vizinho teria atraído Rafael com a desculpa de que iria pagá-lo. A primeira suspeita é de que o crime ocorreu por causa de uma dívida de R$ 300, mas PMs que trabalhavam com a vítima não descartam que tenha mais alguém por trás do crime.
Horas antes de ser morto, Rafael publicou um vídeo em que reclamava do som alto na região. O PM tinha acabado de acordar, quando se encontrou com o vizinho atirador. Antes dos disparos, o assassino chegou a cumprimentar a vítima.