PM que comandou pelotão da Rota-SP é um dos investigados por envolvimento com PCC

Capitão da PM fez parte do 1º Batalhão de Choque da PM por seis anos, ocupando funções de comandante de pelotão da Rota e de chefe da Agência de Inteligência

Felipe Garraffa

PM que comandou pelotão da Rota-SP é um dos investigados por envolvimento com PCC
Polícia Militar de São Paulo
Reprodução/PMESP

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo obteve indícios de convivência de agentes com criminosos do PCC. Segundo a investigação, alguns apresentavam patrimônio incompatível com a renda. São policiais de batalhões sediados, principalmente, na Zona Leste da capital e que fizeram parte da Agência de Inteligência da Rota. Eles tinham acesso a informações sigilosas de operações contra membros da organização criminosa.

Um dos investigados é capitão e fez parte do 1º Batalhão de Choque da PM por seis anos, ocupando funções de comandante de pelotão da Rota e de chefe da Agência de Inteligência e da Seção de Polícia Judiciária Militar e Disciplina.

De acordo com o inquérito, o capitão é amigo pessoal de diversos outros PMs investigados e o responsável pelas indicações dos militares que trabalharam na Agencia de Inteligência da Rota. Entre eles, o cabo que seria dono do “Rota's Bar” e do “Rotas Beach Bar”.

Além do capitão que não está entre os presos na “Operação Prodotes”, outros policiais aparecem no inquérito e são investigados. Dois deles são sargentos. De acordo com a Corregedoria, exerciam atividades extracorporação na empresa de ônibus Transwolff até meados de 2020. Um deles foi da Rota e passava informações para os membros do PCC “Tuta” e “Cebola”. O outro contratava policiais para fazer a segurança do “Japa”, já morto.

As investigações começaram em abril do ano passado e culminaram com a prisão de 15 policiais militares. Todos eles estão envolvidos, de alguma forma, com o delator do PCC, Vinicius Gritzbach, executado em novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

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