A polícia apreendeu R$ 7 milhões em dinheiro vivo na casa de um investigado por estelionato e lavagem de dinheiro. As autoridades acreditam que o vultuoso valor era ocultado para não passar pelo sistema financeiro. A chamada “Máfia do Brás” é o alvo da operação.

“Esse valor apreendido na casa de um dos investigados indica que ocultaram para que não passasse no sistema financeiro, indicativo de lavagem de capitais”, disse o delegado Jeferson Schiavi.

A investigação é do grupo do Ministério Público de São Paulo que atua contra o crime organizado, o Gaeco. Existe a suspeita do envolvimento do grupo com a máfia chinesa no Brasil.

Além de dinheiro, a Polícia Federal (PF) encontrou carrões de luxo, relógios valiosos, joias, computadores e celulares em oito endereços alvos de mandado de busca e apreensão.

A quadrilha aplicava o golpe do falso emprego oferecido por WhatsApp. O serviço era curtir e compartilhar postagens em redes sociais. A vítima chegava até a receber pequenas quantias para ser seduzida. Depois, juntava créditos, mas, para retirar esses créditos, tinha que fazer um Pix para a quadrilha.

Foi uma instituição financeira que percebeu que havia algo errado. Em seis meses, o grupo movimentou mais de R$ 4 milhões.

Entre os oito investigados, há lojistas da região do Brás, onde eram recrutados laranjas quem emprestavam contas bancárias que recebiam o dinheiro dos golpes. Parte da quantia do crime ia para a conta de um comerciante de armas e dono de um stand de tiro.

Pistolas foram encontradas, uma delas sem registro. Por isso, o empresário foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.