Uma Lamborghini e quatro barcos, entre lanchas de passeio e embarcações de luxo, equipadas com quartos e cozinhas, estão entre os bens que, segundo a Polícia Civil de São Paulo, foram comprados com dinheiro ilícito, a partir de golpes aplicados por uma grande organização criminosa.
São estelionatários escondidos por trás de uma empresa que presta serviços de consultoria e contabilidade. Uma investigação de pelo menos dois meses.
O Brasil Urgente acompanhou com exclusividade a saída dos policiais da Divisão de Captruas do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), da sede do Palácio da Polícia de São Paulo. O destino: a Baixada Santista.
A primeira parada foi em uma marina na cidade de São Vicente. No local, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
No início da semana, sete carros de luxo foram apreendidos na primeira etapa da operação. Todos foram encontrados em endereços de São Paulo. Mas os investigadores sabiam que haviam outros bens da quadrilha escondidos também no litoral paulista.
Além dos barcos que foram retirados na marina, a polícia também apreendeu uma Lamborghini avaliada em cerca de R$ 1 milhão. O carro foi localizado no estacionamento de um condomínio em Praia Grande. Segundo a investigação, o carro está diretamente ligado ao chefe de um grande esquema criminoso.
Assim que a operação foi deflagrada no início da semana, com um dos advogados, o proprietário teria tentado retirar a Lamborghini do estacionamento antes da chegada das equipes de São Paulo. Mas o plano deu errado; agora, o carro está nas mãos da polícia e vai ser levado para a capital paulista.
De acordo com a investigação, os alvos dos estelionatários são empresários de diversos ramos. Procuradas pela quadrilha, as vítimas eram levadas a acreditar que tinham dinheiro a receber da Receita Federal.
Esse ajustamento de contas era feito com documentos fraudados e dava certo em um primeiro momento. Os golpistas ficavam com 30% dos valores recebidos pelas vítimas, que eram obrigadas a receber todo o dinheiro depois que as fraudes eram constatadas.
Segundo a Polícia Civil, a estimativa de que essa organização criminosa tenha feito pelo menos 400 vítimas.