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Polícia encontra arma usada no assassinato de criança em Santo André (SP)

Ester de Oliveira Sigoli tinha 4 anos; Bruno de Freitas Lopes fugiu após disparos

Da Redação, com Brasil Urgente

Ester de Oliveira Sigoli tinha 4 anos; Bruno de Freitas Lopes fugiu após disparos Reprodução
Ester de Oliveira Sigoli tinha 4 anos; Bruno de Freitas Lopes fugiu após disparos
Reprodução

A polícia encontrou a arma utilizada para matar no último domingo (11) a menina Ester de Oliveira Sigoli, de 4 anos, em Santo André (SP). O principal suspeito pelo crime, Bruno de Freitas Lopes, continua foragido. As informações são do Brasil Urgente.

A arma encontrada é um revólver calibre 38 e foi encontrada em uma área de matagal na comunidade do Capuava, em Santo André.

O local foi apontado aos policiais por um homem identificado como Henrique, o dono do carro usado no crime. O revólver estava a cerca de 10 metros de onde Brunão – como o foragido é conhecido – abandonou o veículo usado no ataque do fim de semana.

A arma, no entanto, foi apreendida com outro amigo do foragido: Rafael Teodoro dos Santos, de 30 anos, que disse que, após matar Ester a tiros, Brunão foi até a casa dele e pediu para que escondesse o revólver. Depois disso, o suspeito fugiu.

Em áudio divulgado pela investigação, Brunão pede o revólver emprestado para cometer o crime. O alvo era Jorge Luis de Oliveira Sigoli, pai de Ester e ex-vizinho dele.

“Precisava de uma arma, ‘pai’, de um revólver para desenrolar uma parada, mano, entendeu? Matar ‘um coisa’ ali, que me deu uma facada de ‘uns dia’”, afirmou.

Para a polícia, este áudio atribuído a Brunão é mais uma prova de que o crime foi premeditado.

“Deixo o recibo do carro com você se você quiser, ou o carro, mas se perder o bagulho você fica com a parada, não tem erro. Mas eu preciso dessa parada, entendeu?”, acrescentou.

A polícia continua a operação de busca ao assassino foragido. Durante esta quinta-feira (15), diversas diligências foram realizadas em Santo André. Pistas podem levar à prisão dele nas próximas horas.

Novas testemunhas intimadas foram ouvidas, e celulares foram apreendidos. Os investigadores também ouviram os pais de Bruno, uma irmã dele, além da mulher do criminoso, Raquel, que testemunhou o assassinato da criança e também é investigada.

Pistas no litoral paulista

Na delegacia em Santo André, os pais de Ester foram em busca de notícias sobre as investigações da morte da filha.

“Está sendo difícil saber que ele está aí vivendo, levando o dia dele normal. Está conseguindo comer, viver. E pior de tudo, tem as pessoas que estão ajudando ele com isso”, disse o pai da menina, Jorge Luis.

Revoltada, a mãe da criança, Brenda de Oliveira Plácido, também pede a prisão do casal – que, segundo ela, tirou a vida de Ester.

“Ela me segurou para ele poder me bater. Tem até a marca do braço, porque está sumindo. Ela me segurou e eu quero justiça. Ela não pode estar solta. Ela também estava com ele naquele dia. Ela entrou no carro com ele. Eu quero justiça”, desabafou.

A hipótese de que Brunão teria fugido para o litoral sul de São Paulo foi confirmada pela polícia. Testemunhas disseram ter visto o foragido nos fundos de um bar em Itanhaém, onde as buscas também continuam sendo feitas.

A avó materna de Ester, Rosimeire Conceição, diz que a família, em luto, tem passado as noites em claro, enquanto o assassino da garotinha continua solto

“Não tem como dormir, não tem como comer, não tem como viver. Olhar para as coisas das quais ela fez parte dói demais.”

Rosimeire também acredita que mais pessoas estejam envolvidas na morte da neta. “Quem está cobrindo ele, apoiando ele, escondendo ele? Você participa do gatilho que foi apertado para matar a minha neta. Você também é um assassino. Você também é uma assassina. O sangue da Ester está clamando justiça. A Ester era inocente, quatro anos de vida. Ela não tinha nada a ver com briga de adultos”, lamentou.