A Polícia Militar localizou na tarde desta sexta-feira (14) o Porsche Cayman usado pelo jovem que foi flagrado agredindo um idoso na semana passada em Praia Grande (SP). O veículo foi encontrado estacionado em um prédio no bairro da Penha, zona leste da capital paulista. 

O condutor, identificado como Richard Julião, de 21 anos, segue foragido. Ele é acusado de espancar Argemiro Soares da Silva, de 78 anos, durante uma discussão por causa do barulho do ronco do motor do carro de luxo. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária por tentativa de homicídio com quatro qualificadoras: motivo fútil, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e pelo fato de a vítima ser maior de 60 anos. 

De acordo com a polícia, o “playboy da Porsche” possui antecedentes criminais. Entre os registros, consta uma agressão à ex-namorada grávida e episódios de violência contra a própria avó, que chegou a obter uma medida protetiva contra ele após ter a casa destruída.

Em janeiro, ele também foi detido por desacato a guardas municipais ao se recusar a retirar o mesmo Porsche de cima de uma faixa de pedestres. Na ocasião, ele empurrou os agentes e os insultou, chamando-os de "pobres" e afirmando ter “dinheiro e influência”.

Agressão a idoso

A mais recente agressão aconteceu depois que Argemiro e outros moradores da região reclamaram do barulho constante do veículo. Irritado, Richard Julião atirou um chinelo no aposentado e, em seguida, passou a agredi-lo com socos. A vítima caiu no chão, mas, ao tentar se levantar, foi novamente derrubada e recebeu um chute na cabeça, perdendo a consciência. 

O idoso foi deixado desacordado no meio da avenida enquanto o agressor fugia com dois amigos que o acompanhavam. Câmeras de monitoramento da prefeitura registaram a fuga em direção à Rodovia dos Imigrantes. 

Argemiro foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado a um hospital, onde recebeu atendimento médico. Apesar das dores e dos hematomas, ele passa bem. 

Em entrevista ao Brasil Urgente, a vítima, residente na cidade de São Paulo, desabafou sobre o temor de voltar para a casa da filha, em Praia Grande. “Não sei como vou conviver com isso muito tempo. Vou tentar esquecer o que passou e ver como vai ser daqui para frente. Não sei se posso voltar para o apartamento da minha filha algum dia. De repente, ele aparece aí por saber que estou."