A Polícia Civil de São Paulo aguarda a quebra do sigilo telefônico dos quatro acusados de matar o ambientalista Adolfo Duarte, como Ferrugem, durante um passeio de barco na represa Billings.
Segundo a investigação, os acusados apagaram mensagens, mentiram no depoimento e entraram em contradições.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprova que a causa da morte do barqueiro foi asfixia mecânica.
Segundo a delegada do caso, Jaqueline Barros, o laudo exclui qualquer possibilidade de morte por afogamento. “Pela perícia necroscópica identificamos algumas lesões, uma no pescoço que pode ser decorrente de algum golpe e outras lesões que não causariam o óbito, mas que indicam a possibilidade de agressão antes da vítima cair na água”.
A Polícia Civil trabalha com duas hipóteses, um crime de mando ou passional. Adolfo Duarte saiu de barco com os dois casais para um passeio pela represa Billings e não voltou. Os quatro acusados chegaram a dizer que, o ambientalista havia caído do barco e morrido afogado. O que foi desmentido pelos médicos legistas.
A expectativa da polícia civil é de que, com a chegada dos laudos periciais e a demonstração de que, na verdade, houve um homicídio, alguns dos jovens acusados resolvam confessar o crime, até para atenuar uma condenação
Relembre o caso
Adolfo Souza Duarte desapareceu na noite do dia 1º de agosto. Ele levou dois casais para o passeio. De acordo com os passageiros, o grupo de amigos passou a noite no bar e o barqueiro ofereceu um passeio de barco por R$ 55. Ele colocou coletes salva vidas apenas nas mulheres, mas disse que elas poderiam tirar no meio do passeio.
O passeio durou 30 minutos e quando estavam voltando, aproximadamente 20 metros da margem, o barco sofreu um balanço forte.
O barqueiro e uma mulher, que estavam na parte de trás do barco, caíram na água. Um dos passageiros assumiu o volante do barco e deu a volta para socorrer as pessoas.