A Polícia Civil de Miracatu (SP), no Vale do Ribeira, já identificou dois suspeitos de sequestrar um empresário paraguaio. Eles seriam da região, no sul de São Paulo, e estão foragidos. As informações são do Brasil Urgente.
O homem de 42 anos, que passou oito dias em cativeiro, foi libertado na quarta-feira (15). Ele já viajou para o Paraguai, onde tem uma tabacaria.
A vítima contou à polícia que estava na Praia Grande (SP), cidade na Baixada Santista, acompanhada de um amigo em uma churrascaria quando foi sequestrada, colocada no porta-malas de um carro e levada a Miracatu, cidade a cerca de 150 km dali.
A investigação está adiantada. Uma perícia na chácara usada como cativeiro ajudou nas investigações. Segundo a Polícia Civil, o refém estava prestes a ser executado pela quadrilha.
Os bandidos pediam inicialmente US$ 100 mil, mas já haviam avisado a vítima que ela seria morta com ou sem o pagamento de um resgate.
O contato dos sequestradores era um irmão da vítima, jogador de futebol profissional no Paraguai.
Na terça-feira (14), um dia antes da ação policial, o empresário do Paraguai chegou a ser levado a uma área de mata fechada dentro da chácara, onde viu a cova que seria usada para enterrá-lo.
Foram oito dias preso a uma corrente com cadeados. Ao longo desse período, fez apenas duas refeições e tomou um banho – tudo com a corrente presa ao pescoço.
A vítima contou aos policiais civis que sofreu inúmeras sessões de torturas físicas e psicológicas. Ao ser libertado, o refém não tinha forças para deixar o local.
“(A vítima) foi torturada, estava ali com uma corrente no pescoço. Essa corrente permitia que ela fosse do quarto ao banheiro”, descreveu o delegado responsável pela investigação, Carlos Eduardo Ceroni.