Foram 61 mandados de busca e apreensão, 22 de prisão e uma varredura na zona Leste de São Paulo. Os alvos da polícia foram pessoas suspeitas de envolvimento com o crime organizado, furto, roubo, receptação e desmanches de veículos. As carcaças dos carros eram jogadas em matas e rios, principalmente no Tietê.
Foram meses de investigação até a polícia chegar a esses 22 nomes de pessoas que foram presas na operação. De acordo com as autoridades, todas fazem parte de uma organização criminosa em que a especialidade é roubar veículos, desmanchá-los e, depois, vender as peças.
Segundo a polícia, a organização tem a sede instalada no Jardim Pantanal, na zona Leste da capital. De lá, o grupo comandava todo o esquema espalhado pelo estado. Carros roubados de todos os lados eram levados ao local, onde eram desmontados. Tudo era feito a céu aberto mesmo.
Muitas vezes, quando eles roubavam os veículos, traziam, ainda, a vítima. Em muitos dos casos, elas permaneciam em cativeiro em comunidades próximas aos desmanches, enquanto, o carro era desmontado. Para a polícia, isso caracteriza sequestro e cárcere privado.
Três dos mandados expedidos foram para duas lojas de peças de veículos e motos, localizadas na zona Leste. Uma residência na cidade de Feira de Santana (BA) também foi alvo da polícia.
Ao todo, 14 pessoas foram presas, consideradas operadoras do esquema. Outras sete, em flagrante, por tráfico de drogas, receptação e crimes contra relação de consumo. Um dos líderes da quadrilha também foi preso. Também foram apreendidos veículos desmanchados, ferramentas e muita droga.