Três homens foram presos, suspeitos de planejar um ataque contra escolas em São Paulo. A informação é do Brasil Urgente.
Os acusados foram monitorados por meses pela Polícia Federal. As informações vieram para a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), vinculada ao DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) da Polícia Civil paulista, que passou a investigar as conversas através das redes sociais.
Os três homens, com idades entre 19 e 23 anos, foram identificados. Segundo a polícia, eles trocavam mensagens sobre os recentes ataques a escolas no Brasil e também no exterior.
Nas conversas, o grupo destacava os responsáveis por ataques que terminaram com mortes de crianças e adolescentes, como a invasão em maio a uma creche em Saudades (SC), onde Fabiano Kipper Mai matou duas funcionárias e três crianças, e o massacre de março de 2019 em Suzano (SP), onde dois ex-alunos mataram oito pessoas na Escola Estadual Professor Raul Brasil: cinco estudantes, duas funcionárias e o tio de um deles.
Nesta quinta-feira (10), a Polícia Civil montou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos. Os policiais apreenderam celulares e computadores.
Com um deles, o DHPP apreendeu facas, uma ferramenta para abrir fechaduras, botas e roupas táticas semelhantes às que foram usadas pelos dois responsáveis pelo massacre em Suzano, além de dinheiro – que, segundo a investigação, um dos suspeitos recebeu de um dos integrantes do grupo para comprar uma arma de fogo.
Segundo a Polícia Civil, um dos acusados detidos na operação tinha contato direto com o adolescente apreendido em 2019 por envolvimento no planejamento do massacre em Suzano. De acordo com a investigação, os dois trocavam mensagens sobre como atacar escolas infantis.
O DHPP pediu à Justiça a prisão temporária dos acusados detidos nesta quinta-feira. A polícia acredita que o grupo estava prestes a agir. Outros integrantes ainda não foram identificados, o que acende um alerta às autoridades. A investigação continua para descobrir todos os envolvidos do grupo que pretendia atacar escolas infantis.
Em maio, a divisão de crimes cibernéticos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais, da Polícia Civil) prendeu um suspeito de 19 anos na zona sul de São Paulo. Segundo a investigação, o jovem também trocava mensagens sobre massacres em escolas. Ele foi preso depois que o Deic recebeu informações do FBI, a polícia federal norte-americana.