
O Departamento de Investigações Criminais (Deic) está atrás do mandante da morte de Karina Martins Bezerra, a estudante e cuidadora de idosos, 26 anos, assassinada por ter recusado dar um beijo em um traficante PCC no Itaim Paulista, extremo leste de São Paulo.
O homem conhecido como Xênon ou Alemão segue foragido. Segundo o Deic, a ordem para sequestrar e matar Karina partiu dele, que já tem passagens por roubo e tráfico de drogas. A Justiça transformou a prisão de três acusados detidos pelo Deic em preventiva. Entre eles, Brendon suspeito de atrair a vítima para a morte.
A informação passada por um dos presos é de que ela foi levada de carro até a comunidade de Paraisopolis, onde foi torturada e morta. Brendon, o criminoso detido pelo Deic, conhecia a jovem e avisou o PCC que a levaria até um tribunal do crime, chamado de tabuleiro.
Karina Martins Bezerra foi sequestrada duas vezes. A primeira no dia 15 de agosto. Ela foi salva graças a uma denúncia. A vítima estava em um cativeiro, e seria executada a tiros não fosse a ação da Polícia Militar. Nove criminosos foram presos em flagrante.
Mas 10 dias depois, ela voltou ao Itaim Paulista atraída por Brendon, que a levou para a comunidade de Paraisopolis, onde há indícios de que a estudante foi morta. O corpo até hoje não foi localizado.