Polícia quer quebrar sigilo de bando que usa jovens sensuais para rapto e roubo

Criminosos da quadrilha "A Tropa do S" são especializados em sequestro com apoio de mulheres que seduzem homens em baladas para serem roubados

Da redação

Polícia quer quebrar sigilo de bando que usa jovens sensuais para rapto e roubo
Polícia prendeu mulheres e comparsas que sequestram homens em baladas
Reprodução/TV Band

A polícia aguarda a liberação judicial para a quebra do sigilo telefônico dos aparelhos celulares dos integrantes da “quadrilha da sedução”, bando que usa mulheres sensuais que atraem homens para serem sequestrados e roubados em São Paulo. No total, sete suspeitos foram presos. Os investigadores sabem que há mais pessoas envolvidas no esquema.

São pelo menos mais dois homens e uma mulher menor de idade. Os agentes também identificaram que o dinheiro das vítimas é repassado para contas de terceiros envolvidos no golpe.

Todos já foram identificados. Intitulados como "A Tropa do S", os criminosos que integram a quadrilha são especializados em sequestro.

Beatriz Caetano, de 24 anos, e Mariana Frutuoso, de 27, foram presas junto com outra mulher, de 18. Todos os detidos passaram por audiência de custódia e seguem à disposição da justiça.

Entenda o esquema

O esquema funcionava da seguinte forma: enquanto elas entravam nas baladas, do lado de fora, ficavam três comparsas homens. Eles eram os responsáveis por indicarem quem deveria ser seduzido. A quadrilha levava em conta o carro e roupas das vítimas.

Do lado de dentro, dois homens entram, as vítimas. Já com os alvos definidos, as mulheres já os abordam na fila do bar. Entre uma bebida e outra, as suspeitas encantavam e prometiam um encontro mais íntimo depois da balada, enquanto mandam mensagens para os comparsas.

Depois da balada, todos entram no carro de uma das vítimas e partem para a região do Jaguaré, Zona Oeste de São Paulo. Lá, os 3 suspeitos, integrantes da quadrilha, simulam um assalto seguido de sequestro e levam o grupo.

Porém, as únicas vítimas eram os homens. As criminosas eram as iscas. Em um cativeiro, os reféns ficaram cerca de 16 horas, obrigados a repassar senhas, fazer movimentações via Pix e empréstimos. Depois, com as contas limpas, os homens eram libertos. Um dos alvos teve prejuízo de mais de R$ 70 mil.