A pousada na Avenida Farrapos, na região central de Porto Alegre, que pegou fogo na madrugada desta sexta-feira (26), abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade. Vizinhos do local afirmam que a hospedagem funcionava com ocupação acima da capacidade e o Corpo de Bombeiros informou que o local não tinha alvará e era irregular.
Ainda de manhã, alguns sobreviventes puderam entrar e recuperar itens deixados. Jorge e Juliana moravam no primeiro andar e conseguiram sair com vida. “A gente estava dormindo e acordamos ouvindo barulhos e a luz caiu. Quando ele foi ver o que aconteceu, viu logo o fogo”, diz Juliana.
O prédio ao lado também foi evacuado devido às chamas que atingiram a pousada. Um vizinho do local conversou com a produção do Brasil Urgente sobre o momento em que ouviu os primeiros gritos de socorro. “Foi às duas horas da madrugada, eu e minha mulher estávamos deitados, ouvimos gritos e ela dizia que estava pegando fogo. Descemos gritando pedindo para todos descerem. Peguei meu filho e fui embora”, disse.
O prefeito Sebastião Melo esteve no local e falou sobre o prédio, que funcionava com um abrigo para pessoas atendidas pela Fundação de Assistência Social de Porto Alegre, a FASC. O contrato havia sido renovado em dezembro de 2023.
