Presidente de empresa de ônibus suspeita de ligação com PCC é preso novamente em SP

Ele já tinha sido preso outras duas vezes desde o desencadeamento da operação

Por Lucas Martins

Presidente de empresa de ônibus suspeita de ligação com PCC é preso novamente em SP
Presidente de empresa de ônibus suspeita de ligação com PCC é preso novamente em SP
Reprodução/Brasil Urgente

O ex-presidente de uma das maiores empresa do transporte público de São Paulo está de volta à cadeia; Ubiratan Antônio da Cunha, de 54 anos, é acusado de integrar organização criminosa e de levar dinheiro para o PCC em contratos de transporte da UPBus com a prefeitura de São Paulo na zona leste da cidade.

Ele já tinha sido preso outras duas vezes desde o desencadeamento da operação ‘fim da linha', mas estava respondendo aos crimes em liberdade. Ele teria, no entanto, descumprido regras da condicional, o que motivou o novo pedido de prisão feito pelo ministério publico e atendido pela Justiça.

A operação fim da linha colocou na cadeia seis pessoas em abril de 2024 e cumpriu 52 mandados de busca e apreensão. Os alvos eram ligados, além da UPBus, a Transwolf, que tem contratos do transporte público da capital nas zonas sul e oeste.

Entre os acionistas da UPBus, há integrantes do alto escalão do PCC. Alexandre Salles Brito foi preso. Décio Gouveia, o ‘Décio Português' e Silvio Ferreira, o ‘Cebola’ seguem foragidos. 

Entre os sócios estavam ainda Anselmo Bechelli Santa Fausta, o ‘Cara Preta’, assassinado no Tatuapé. e o advogado Ahmed Hassan Saleh, o ‘Mude’, preso na investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC desencadeada a partir da delação de Vinicius Gritzbach, executado no aeroporto de Cumbica. 

Um café teria motivado o novo pedido de prisão. Ubiratan era proibido de se aproximar da sede da UPBus ou manter contato com pessoas da empresa ou com outros investigados. Ele teria sido visto num bar ali perto pelo interventor nomeado para a empresa.

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