O racha interno na liderança máxima no PCC que ocorre agora em 2024 foi provocado pela transferência de chefes da facção para presídios de segurança máxima em 2019. A informação foi confirmada pelo promotor Lincoln Gakiya em entrevista exclusiva ao Brasil Urgente nesta terça-feira (19).
Segundo Gakiya, a transferência de presos como Marcola e outros líderes era de “cortar a cadeia de comando e isolar e provocar uma divisão interna na facção. Isso já aconteceu em outras facções criminosas, como na máfia italiana”, afirmou.
“Há uma evidente luta interna pelo poder e isso iria ocorrer no PCC. Todos estavam tranquilos e agora com esse isolamento, as divergências afloraram e geraram o racha”, disse Gakiya.
O promotor classifica o PCC atualmente como uma máfia e pontua que há preocupação internacional sobre o crescimento da facção. “Como máfia, ele age provocando o terror, não diminuíram as ordens para me matar, aliás, como máfia, tenho a noção de que essa ordem deverá ser cumprida em algum momento”, citou.
Gakiya comentou que o racha é na ‘Sintonia Final’, liderança máxima do PCC, entre Marcola e outros três ou quatro integrantes da facção. “Detectamos esse racha interno no PCC, de um lado temos um líder máximo, o Marcola e do outro lado temos outros três ou quatro integrantes, tão importantes quanto Marcola, que participavam da diretoria da facção”, disse.
O promotor afirmou que há mais um envolvido no racha. “Além do Vida Loka, Tiriça e Andinho, destacaria o Daniel Vinícius Canônico, conhecido como ‘Cego’, também o ‘Funchal’, também sintonias do PCC, o ‘Funchal’ estaria do lado desses três. Enquanto os líderes estão isolados, nas ruas, começa a guerra, porque todos eles têm comparsas em liberdade e eles tomam partido de cada lado”, pontuou.