Celulares foram encontrados em fundos falsos nas paredes do presídio onde estão alguns dos chefes do comando vermelho. Aoperação dessa quarta-feira aconteceu nos presídios Gabriel Ferreira Castilho, Benjamin de Moraes e Alfredo Trajan, no complexo de Bangu.
Desde sexta-feira, já foram apreendidos 110 aparelhos celulares, mais de dois quilos de droga e 39 detentos foram isolados.
Entre os traficantes alvos da secretaria de administração penitenciária então os bandidos conhecidos como marreta; Corolla; My Thor e Nando Bacalhau. Juntos tem mais de 200 anos em penas e são investigados por receberem visitas irregulares, em Bangu.
Investigações da polícia apontam que as maiores ações criminosas do comando vermelho são autorizadas pelos chefes do bando de dentro da cadeia. Para conseguir enfrentar rivais e policiais, a facção investiu na compra de armas e munições. O grande paradoxo é: que mesmo sem produzir armamentos, o Rio de Janeiro está tomado por fuzis.
Em 2024, mais de 700 fuzis foram apreendidos no estado. As autoridades afirmam que o caminho é longo. A maior parte das armas vem dos Estados Unidos. São traficados para América do Sul, no Paraguai. De lá, vem por terra até o Brasil e distribuído para as maiores facções do país, como o Comando Vermelho e o PCC.
A quantidade de fuzis nas mãos traficantes intensificou a disputa por territórios entre facções rivais. Foi o que aconteceu no morro do juramento nos últimos 10 dias. De um lado, o comando vermelho, do outro, o terceiro comando puro. Horas e horas de tiroteio sem parar. E quem fica no meio do fogo cruzado é a população.
No conjunto de comunidades do complexo de Israel, o cenário se repete. Junto com outros traficantes, o chefe do terceiro comando puro, peixão foi cercado por policiais. Mais uma vez horas de confronto pesado.
Enquanto isso, o estado do Rio tenta recuperar o tempo perdido. Entre as principais medidas estão a compra de novos equipamentos, como fuzil antidrone e rastreador de armas que vem de fora do Brasil.
