MP investiga omissão da prefeitura de SP por mortes de moradores de rua por causa do frio

Baixa temperatura agrava as condições de pessoas em situação de rua na capital

Da Redação, com Brasil Urgente

Moradores de rua dormem durante noite em que os termômetros de SP registram temperaturas abaixo dos 10 graus Ernesto Rodrigues/AE
Moradores de rua dormem durante noite em que os termômetros de SP registram temperaturas abaixo dos 10 graus
Ernesto Rodrigues/AE

O Ministério Público investiga omissão por parte da prefeitura de São Paulo no tratamento de moradores de rua. Entre os questionamento feitos pelo MP para a prefeitura, estão ‘quantas pessoas morreram no período do inverno na capital’ e ‘quantas destas que morreram deste o início do inverno, foi por causa do frio’ e se ‘os agentes da prefeitura estavam atuando quando estas mortes ocorreram’. 

A madrugada desta terça-feira (20) foi a mais fria do ano na capital paulista, registrando -2º C no extremo sul da cidade, em Engenheiro Marsilac, na região de Parelheiros - a menor temperatura nos últimos cinco anos. 

Desde o início da pandemia, o número de moradores de rua dobrou de 30 mil para 60 mil pessoas. De acordo com o Movimento Estadual das Pessoas em Situação de Rua, o frio pode ter sido a causa da morte de 13 moradores de rua só este ano na capital paulista, embora a prefeitura não confirme a informação. 

Moradores de rua alegam que procuram os abrigos e não encontram vagas. A prefeitura nega a informação, argumentando que há 1.200 vagas disponíveis nos espaços.

Nesta manhã, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, negou que homem encontrado morto na última segunda-feira, 19, teve como causa da morte o frio, e sim devido à uma infecção generalizada.