O Ministério Público investiga omissão por parte da prefeitura de São Paulo no tratamento de moradores de rua. Entre os questionamento feitos pelo MP para a prefeitura, estão ‘quantas pessoas morreram no período do inverno na capital’ e ‘quantas destas que morreram deste o início do inverno, foi por causa do frio’ e se ‘os agentes da prefeitura estavam atuando quando estas mortes ocorreram’.
A madrugada desta terça-feira (20) foi a mais fria do ano na capital paulista, registrando -2º C no extremo sul da cidade, em Engenheiro Marsilac, na região de Parelheiros - a menor temperatura nos últimos cinco anos.
Desde o início da pandemia, o número de moradores de rua dobrou de 30 mil para 60 mil pessoas. De acordo com o Movimento Estadual das Pessoas em Situação de Rua, o frio pode ter sido a causa da morte de 13 moradores de rua só este ano na capital paulista, embora a prefeitura não confirme a informação.
Moradores de rua alegam que procuram os abrigos e não encontram vagas. A prefeitura nega a informação, argumentando que há 1.200 vagas disponíveis nos espaços.
Nesta manhã, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, negou que homem encontrado morto na última segunda-feira, 19, teve como causa da morte o frio, e sim devido à uma infecção generalizada.