Ederlan Santos Mariano, marido e principal suspeito da morte da cantora gospel Sara Freitas Souza Mariano, de 35 anos, foi transferido para o complexo penitenciário da Mata Escura, em Salvador, na Bahia.

Ele teve a prisão temporária mantida por pelo menos 30 dias, após passar por uma nova audiência de custódia. Durante a chegada e a saída do fórum onde foi realizada a audiência, houve tumulto, gritos de assassino, a segurança precisou ser reforçada, mas mesmo assim Ederlan chegou a ser empurrado.

O corpo de Sara Mariano foi encontrado queimado, às beiras de uma rodovia estadual, na região metropolitana de Salvador. Ela passou quatro dias desaparecida após sair de casa, na periferia de Salvador, para ir até um suposto encontro de mulheres de igrejas evangélicas. Ela, porém, nunca chegou até o local.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que sara sai de casa, entra em um carro e depois não é mais vista. Ederlan chegou a fazer um boletim de ocorrência do desaparecimento da esposa e um apelo nas redes sociais. No dia em que o corpo dela foi encontrado, o homem esteve no local e reconheceu que era Sara. Apenas horas depois que, segundo a polícia, ele teria confessado ser o responsável pelo crime.

Sara vivia um relacionamento abusivo. Segundo familiares dela, existem provas de que Ederlan a agredia fisicamente e que a obrigava também a manter relações sexuais. Uma das principais linhas de investigação é de que ele tenha decidido matar a esposa após ela informar que queria terminar o casamento.

O homem teria planejado o crime por cerca de um mês, após uma briga do casal. Em uma das últimas conversas que teve com a irmã, Sara teria dito estar com medo, pois o marido falou querer comprar uma arma.

Investigações apontam que Ederlan, inclusive, monitorava o celular da cantora para saber com quem ela falava e para onde ia. 

Os dois estavam casados há 13 anos e se conheceram pela internet. Na época, a mulher morava no Ceará e o homem na Bahia. Ela terminou um noivado e se mudou para salvador para ficar com Ederlan. Eles tiveram uma filha, que atualmente está com 11 anos. 

Nas redes sociais, Sara Mariano era conhecida por postar vídeos cantando e pregando durante cultos evangélicos em igrejas da capital baiana e da região metropolitana.

A polícia investiga se ele contou com a ajuda de outras pessoas para cometer o crime. Além disso, aguarda o resultado de laudos periciais para saber se a cantora foi morta antes ou por causa do incêndio. Ederlan ainda teria tentado apagar provas que estariam no celular de Sara.