As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da capital de São Paulo estão superlotadas depois do Natal, principalmente por causa de uma onda de gripe. Quem precisa de atendimento médico pode esperar mais de sete horas na fila.  

Em Pirituba, na zona oeste da capital paulista, idosos, adultos e crianças estão misturados e reclamam do atendimento. É difícil caminhar pelos corredores sem esbarrar em alguém.  

Rafael Pereira e a esposa esperaram mais de sete horas para que os filhos fossem atendidos. “Eles estavam com sintomas. A gente não sabe se é covid ou gripe. Demoraram pra fazer exame. Aí não tinha pediatra. Foram atender a gente quase 10 horas depois. E a gente fica nesse desespero”. Já Jeferson Bernardino passou algo parecido, pois trouxe a mãe doente, mas vai sair sem atendimento adequado.

Com essa situação, o risco é que casos de influenza se misturem com os de covid-19.

"Os sintomas gripais são semelhantes, mas há uma diferença fundamental, que é principalmente a seguinte: a gripe tem o início mais agudo. A pessoa começou a ficar mal, já começa com sintomas de maneira mais rápida que a covid-19. Febre, dores no corpo, pouco de cansaço, coriza e tosse”, explicou Luiz Artur Caldeira Vieira, diretor da Coordenadoria de Vigilância em Saúde.

Na semana passada, o Brasil Urgente mostrou o drama de quem precisava de atendimento na UPA São José, em Guarulhos, na Grande São Paulo. As reclamações eram as mesmas.