O vereador Senival Moura (PT) não apareceu para trabalhar na Câmara Municipal de São Paulo nesta sexta-feira (10), um dia após operação realizada pela Polícia Civil para investigar sua ligação com o crime organizado, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nesta manhã, a Polícia Civil disse que avalia um novo pedido de prisão do vereador petista. A informação foi confirmada pelo delegado Fábio Caipira à BandNews FM.
Senival é investigado em uma operação que apura a participação do PCC em empresas de ônibus que têm contrata com a prefeitura de São Paulo. Um dos alvos é a TransUnião, que atende cerca de 7 milhões de passageiros na zona Leste da capital.
“Nas duas vezes, a Justiça achou por bem ponderar até que mais provas fossem angariadas. Acreditamos que, com a diligência de ontem – vamos aguardar o vereador comparecer para ser ouvido – nós achamos que teremos subsídios para, talvez, um novo pedido”, explicou o delegado.
O vereador seria suspeito de envolvimento na morte de um ex-presidente da empresa e de lavagem de dinheiro para o PCC. Em nota, Senival negou envolvimento com os casos investigados e disse que está à disposição da Justiça.
Ainda segundo a Polícia Civil, integrantes do PCC são donos de 30% a 40% da frota da TransUnião. Como concessionária do serviço de transporte na capital, a empresa recebe R$ 100 milhões da prefeitura por ano.
Também entrevistado por José Luiz Datena, o delegado-geral de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, disse que outras são investigadas.