Imagens obtidas pela reportagem do Brasil Urgente mostram Paulo Cupertino chegando ao Centro de Detenção Provisória I de Chácara Belém, na zona leste de São Paulo.
Algemado, o suspeito de matar o ator Rafael Miguel e os pais, passou por um scanner para verificar se ele dava entrada no presídio com algum objeto proibido. Logo em seguida, ele é levado para trocar de roupa.
Cupertino reaparece vestindo camiseta, calça e chinelo do CDP, que serve para identificar os presos. Ele é encaminhado para a enfermaria e passa em uma rápida entrevista com um profissional da unidade para dar mais detalhes de seu estado de saúde.
Sem grandes queixas, ele é levado para outra sala para cortar os cabelos e a barba. Na sequência, Cupertino recebe um cobertor e é levado para uma cela de contenção.
O local que ele passará os próximos 20 dias possui oito metros quadrados, com uma pia, privada, chuveiro e cama.
Cupertino permanecerá em isolamento total dos outros presos no chamado regime de observação e será observado pelos funcionários do presídio para saber se ele poderá ficar no próprio CDP do Belém ou poderá ser transferido caso haja risco à segurança dele ou demonstre afinidade com membros de organizações dentro da cadeia.
Prisão de Paulo Cupertino
Cupertino foi preso na última segunda-feira (16), quase 3 anos depois da morte do ator Rafael Miguel e dos pais dele. O crime ocorreu em 9 de junho de 2019.
O ator de 22 anos foi morto ao deixar a jovem Isabela Tibcheran, filha de Paulo, em casa no bairro Pedreira, na zona sul de São Paulo. Eles voltavam de uma festa junina com João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50 anos. Ao chegar, todos foram surpreendidos pelo pai da menina.
Vídeo: Cupertino diz ser inocente de acusação
Um ano depois das mortes, a prisão temporária decretada se tornou preventiva.
O empresário é acusado de atirar 13 vezes em Rafael Miguel, João Miguel e Miriam Miguel por não aceitar o relacionamento da filha com o ator. Ele estava foragido desde os crimes.
Paulo Cupertino Matias tem uma ficha com ao menos nove crimes registrados entre 1990 e 1999.