O narcotraficante Ronald Roland, conhecido como Xuxa, ligado ao PCC e a cartéis de drogas mexicanos, foi preso no Guarujá, litoral de São Paulo no último dia 27, durante a Operação Terra Fértil, deflagrada pela Polícia Federal de SP e outros seis estados.
É a terceira vez que o homem apontado como elo do PCC com dissidentes das forças armadas revolucionárias da colômbia, as FARC, é mandado para cadeia. Os agentes apreenderam carros de luxo e até jatinhos.
O mega traficante já havia sido alvo da operação Dona Bárbara contra a atuação das FARC no Brasil. Traficantes davam suporte aos colombianos para enviar cocaína para Venezuela, Honduras e Suriname que serviam de entreposto para droga chegar de submarino aos cartéis mexicanos de Sinaloa, Nova Jalisco e Los Zetas. O destino final era os Estados Unidos.
De acordo com a Polícia Federal, Xuxa é ligado a Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, preso no Mato Grosso em 2017 e alvo, além da polícia brasileira, de autoridades da Bélgica, Espanha e Itália.
Desde a prisão de Cabeça Branca, Xuxa aumentou a movimentação de droga e o ritmo de lavagem de dinheiro, principalmente com bens de luxo. A mansão dele em Uberlândia, no triangulo mineiro, está em nome de uma empresa de fachada e sofreu bloqueio judicial.
Xuxa se tornou conhecido entre as organizações do tráfico internacional de drogas como um grande negociador, capaz de circular entre grupos inimigos sem causar problemas, usando como a principal linguagem o dinheiro. Facilmente ganhou espaço e virou um grande prestador de serviços do tráfico internacional de drogas.
Outras sete pessoas foram presas na operação. A movimentação financeira incompatível com a renda dos suspeitos foi o que gerou as primeiras suspeitas e deu início às investigações.