Um novo estudo da Fiocruz aponta que o Brasil vive o maior colapso sanitário e hospitalar da história do país. Os dados estão no mais recente Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19, que mapeia a situação desde julho de 2020.
A análise chama atenção para os indicadores, que apontam uma situação extremamente crítica em várias regiões no mesmo dia em que o Brasil teve recorde absoluto de mortes em 24 horas: 2.841.
Das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI iguais ou superiores a 80% - 15 deles estão com índice acima de 90%. Entre as capitais, 19 já superam os 90% de ocupação, com quatro delas em colapso: Cuiabá, Porto Alegre, Porto Velho e Rio Branco.
Para evitar que o número de casos e mortes se alastrem ainda mais pelo país, os pesquisadores defendem a adoção rigorosa de ações de prevenção e controle, como o maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais. O lockdown decretado em Araraquara, interior de São Paulo, é citado como exemplo positivo da eficácia de medidas restritivas para evitar o colapso no sistema de saúde.
