O Departamento de Português do Centro de Programação em Línguas Europeias e Latino-americanas do Grupo de Mídia da China promoveu nesta semana um debate online com representantes de think-tanks (laboratórios de ideias), especialistas e intelecutuais para tratar do tema “A China na nova jornada e o mundo”.
Na ocasião, o grupo discutiu “Desenvolvimento da China aos meus olhos”, “Relações entre China e Países de Língua Portuguesa” e “Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade”.
A presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Luciana Santos, parabenizou a realização do diálogo, e disse que a China sempre persistiu nas cooperações ao elaborar suas políticas externas, sustenta o multilateralismo e a soberania do todos os países. Ela salientou que iniciativa Cinturão e Rota proporciona às nações uma forma concreta para as cooperações, enfatizando que também testemunhou as cooperações estreitas entre a China e o Brasil.
O historiador, presidente do Observatório da China, coordenador Cultural da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e fundador e membro da Direção da Associação Mundial de Estudos Chineses, Rui Lourido destacou a importância do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), realizado no mês passado.
“Pessoalmente, considero de grande importância as conclusões do 20º Congresso do Partido Comunista (PCCh) para o país, mas igualmente para toda a comunidade internacional. Destaco o princípio orientador do PCCh e do governo, de ter sempre os interesses da população chinesa no centro da sua ação política.”, disse.
O senador eleito pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ex-governador do estado do Maranhão, Flávio Dino, falou das relações estreitas sino-brasileiras.
"Somos nações que têm um futuro compartilhado em favor da humanidade. Somos nações distantes geograficamente, mas temos muita proximidade. Somos diferentes, mas não somos antinômicos. Ao contrário, podemos respeitar todas as culturas, todas as formas de organização política, todas as maneiras de viver para que tenhamos um mundo em paz.”
O colunista do jornal Folha de S. Paulo e ex-presidente da EBC, Ricardo Melo, forneceu uma análise geral sobre o atual cenário mundial, destacando a multilateralidade. Ele observou que a China tem mantido contatos positivos com outros países e procurado relações comerciais que sejam justas para todos, servindo como bom exemplo para a defesa da paz e da estabilidade global.
O pesquisador de Filosofia e Ética Ambiental e Filosofia Política no Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, fundador e secretário-geral da Câmara de Cooperação e Desenvolvimento Portugal-China (CCDPCh) e vice-presidente do Observatório da China, Antônio dos Santos Queirós, alertou que a busca da hegemonia conduzirá à guerra e à crise ambiental.
“Sem a China, a economia mundial teria entrado em recessão há mais de uma década. A Iniciativa de Desenvolvimento Global visa recuperar e concretizar a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, com um forte contributo da China em todos os domínios críticos, da saúde à transição ecológica. Cada nação deve poder escolher o seu próprio caminho para a democracia e o socialismo, mas esse caminho não é o da procura da hegemonia, que conduziu e hoje continua a levar as potências modernas para a guerra e o mundo para a crise ambiental.”, disse.
O jornalista, editor internacional do Brasil247, secretário-geral do Cebrapaz e coordenador de Solidariedade e Paz do Partido Comunista do Brasil, José Reinaldo Carvalho, enfatizou as cooperações entre diversos países. “É importante para o desenvolvimento mundial a abertura para o exterior e o engajamento na cooperação de ganhos mútuos com outros países.
Um papel de destaque nessas relações tem a iniciativa Cinturão e Rota, que oferece a maior, mais ampla e mais inclusiva plataforma de cooperação internacional, viabilizando vastas oportunidades a todos os países. A busca por uma comunidade de futuro compartilhado para toda a humanidade é algo fundamental para o desenvolvimento da China e o equilíbrio do mundo.”
O ex-presidente do Conselho Nacional da Juventude de São Tomé e Príncipe, embaixador da Juventude Africana em funções na União Pan-africana da Juventude, Wildiley Barroca, enviou um discurso por vídeo para o diálogo. Ele afirmou que a Repu´blica Popular da China, sob a liderança do presidente Xi Jinping, visa tornar o pai´s li´der das tecnologias da 4ª Revoluc¸a~o Industrial, como intelige^ncia artificial, robo´tica, internet das coisas e o padra~o 5G de telecomunicac¸o~es.
“A experie^ncia chinesa tem lic¸o~es importantes para a CPLP e o mundo, e no´s, a juventude, devemos aproveita´-las, e os nossos dirigentes consolidá-las.”, concluiu.