A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou a convocação do ministro da Justiça, Anderson Gustavo Torres, para prestar esclarecimentos sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe. Também foi aprovada a convocação do diretor da PRF, Silvinei Vasques.
Nesta terça-feira (31), a Polícia Rodoviária Federal anunciou uma comissão especial formada por agentes de Brasília e outros estados para investigar a morte do homem asfixiado dentro de uma viatura da corporação.
Caso Genivaldo
Genivaldo era esquizofrênico e foi parado por andar de moto sem capacete e morto após ser preso em uma câmara de gás improvisada.
O presidente Jair Bolsonaro lamentou o ocorrido nesta segunda-feira (30) e disse que a justiça vai ser feita "sem exageros". "Não podemos generalizar tudo o que acontece" no Brasil, disse.
O presidente comparou a morte de Genivaldo com um caso ocorrido há duas semanas em Fortaleza, quando policiais rodoviários federais abordaram um homem em situação de rua e morreram após um dos agentes ter sua arma de fogo roubada. O homem abordado foi morto por um terceiro policial que passava na região.
“Ao abater esse marginal, vocês [da imprensa] foram para uma linha completamente diferente“, disse Bolsonaro, ao comentar o episódio.
Questionado especificamente sobre a ação da PRF em Sergipe, Bolsonaro disse lamentar o caso como o de Fortaleza, mas que não era questão de “generalizar“.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, se limitou a dizer que a PF (Polícia Federal) e a PRF abriram inquéritos, e que a apuração será a mais breve possível. “E, enquanto não houver a finalização desses procedimentos, não há o que se falar“, concluiu.
A PRF afastou os policiais Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia. Ao todo, cinco agentes assinam o boletim de ocorrência relacionado à morte de Genivaldo.