Caso Miguel: Perícia encontra objetos usados para tortura na casa da mãe do menino

Caderno com ofensas e correntes para prendê-lo foram achados em apartamento no litoral; buscas entram no 7º dia

Da redação, com Band RS

Uma perícia foi realizada pela Polícia Civil em dois apartamentos onde o menino Miguel, a mãe dele e a madrasta moraram em em Imbé, no litoral do RS, encontrou uma corrente e um caderno com frases agressivas escritas pela criança. 

Para a polícia, Miguel, de 7 anos, era acorrentado e obrigado a escrever as ofensas como forma de castigo. Ele era obrigado a copiar frases como “eu sou ladrão”, “eu não mereço a mãe que tenho”, “eu sou malvado” e “eu não presto”. 

Durante os trabalhos da perícia, foram encontrados indícios de que o menino era acorrentado dentro de um armário. O móvel tinha cheiro de urina, além de restos de comida

As buscas pelo corpo de Miguel já entraram no sétimo dia, e os trabalhos se concentram no Rio Tramandaí. Além do rio, a orla também é monitorada pelo Corpo de Bombeiros e um drone ajuda na visualização do mar. 

Na última quinta-feira, a mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos, de 26 anos, confessou ter dopado o filho e jogado o corpo no rio Tramandaí. A investigação apontou que ela e a companheira, Bruna Porto da Rosa, de 23 anos, torturavam a criança. 

Bruna foi presa temporariamente e Yasmin foi presa preventivamente. A primeira afirmou ter problemas psiquiátricos. 

Em um vídeo encontrado no celular da madrasta, Miguel aparece dentro do armário recebendo ameaças de Bruna. Ela diz: "Se a tua mãe chegar e tu te mijar, eu te desmonto a pau. Eu te desmonto, eu te desmonto, eu te desmonto! E tu vai sair todo quebrado. Se tu se mijar, eu pego o teu mijo e esfrego na tua cara. Tu tá entendendo? E vai ser bem tranquilo para mim."

Bruna nega participação no crime. Yasmin chegou a registrar o suposto desaparecimento do filho na semana passada.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais