Os casos de estupros em geral no Brasil tiveram um aumento de 4,2% de 2020 para 2021, muito por causa do crescimento dos casos de estupro de vulneráveis, que incluem menores de 13 anos e pessoas incapazes de se defender, como pessoas com deficiência mental, que subiram 5,1%. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira (28) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo o levantamento, em 2021 foram registrados 66.020 casos de estupro no país, contra 62.917 casos em 2020. Já as notificações de estupro de vulnerável subiu de 43.427 casos (2020) para 45.994 casos (2021). Isso significa que 126 menores de 13 anos ou pessoas com deficiência são estupradas por dia no país, ou mais de cinco por hora.
Os números se referem às ocorrências que foram registradas como estupro ou estupro de vulnerável pelas secretarias estaduais de segurança pública. Desde 2009 a conceituação de "estupro" inclui, além da conjunção carnal, os "atos libidinosos" e "atentados violentos ao pudor". Vale destacar ainda que nem todo caso de estupro, ainda mais de menores, fica sendo conhecido ou é notificado.
Ainda segundo o levantamento, 77,3% das vítimas de estupro são menores de idade (até 17 anos), e 61% são menores de 13 anos.
A faixa etária com maior número de estupros no país é justamente a de 13 anos, respondendo por 31,7% dos casos.
Em relação ao gênero das vítimas de estupro, 88,2% são mulheres e 11,8% são homens. No caso de menores de 13 anos, 82,4% são meninas e 17,6% são meninos.
Em 82,5% dos casos de estupro de vulnerável, o autor é conhecido da vítima. Em relação ao estupro em geral, incluindo adultos, esse índice é de 79,6%.
O levantamento aponta também um crescimento de 22,7% dos casos de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia.
