Um impulso da economia do Brasil passa por investimento em mais setores, para que o País não seja dependente apenas da produção e da exportação de bens primários.
A avaliação é de Gilson Finkelsztain, CEO da B3. Durante participação no "Fórum BandNews FM: Economia, os desafios impostos pela pandemia", Finkelsztain afirmou não ser necessário abrir mão do mercado de produtos como mineração e agricultura para que se possa investir em mais setores.
“A gente tem uma tradição em setores básicos muito forte, seja setores como mineração, seja agricultura. São setores que estão indo bem. Acho que não é necessariamente uma necessidade de mudança na economia brasileira que vai fazer o país melhorar, obrigatoriamente. Acho que se complementam”, disse.
“Eu não vejo um grande problema a gente ser uma referência em indústrias como mineração, celulose e agricultura. Acho que muito pelo contrário: a gente tem esse diferencial competitivo dessas indústrias, que são perto de 25% da nossa economia.”
Apesar de defender o setor primário da economia, o CEO da B3 reconhece que é necessário investimento nacional em novas indústrias.
“A gente precisa investir em mais setores. Acho que a gente tem tecnologia desbancando aí preconceitos do passado, modernizando diversas atividades, serviços, setores. Acho que isso complementa nossa oferta”, afirmou Finkelsztain.
“Acho que não são excludentes. Acho que o Brasil consegue ter, olhando para frente, a possibilidade de ter uma economia pujante, tanto nos setores de serviços quanto indústria, como comércio”, acrescentou.