Chefe da ONU diz que foi ‘surpreendido’ pela escalada dos ataques em Gaza

António Guterres declarou que a situação em Gaza deve ser revertida e reforçou o apelo por um cessar-fogo humanitário de forma imediata

Da Redação

Chefe da ONU diz que foi ‘surpreendido’ pela escalada dos ataques em Gaza
Antonio Guterres, secretário-geral da ONU
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh//File Photo

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou neste sábado (28) que foi surpreendido pelos bombardeios sem precedentes na Faixa de Gaza. Ele declarou que “parecia haver” um consenso sobre a necessidade de “uma pausa humanitária”. 

“Fiquei encorajado pelo que parecia ser um consenso crescente sobre a necessidade de pelo menos uma pausa humanitária no Médio Oriente. Lamentavelmente, fui surpreendido por uma escalada de bombardeamentos sem precedentes, que comprometeu os objetivos humanitários”, disse António Guterres em publicação na plataforma X, antigo Twitter.

António Guterres declarou que essa situação em Gaza deve ser revertida e reiterou o apelo por um cessar-fogo humanitário de forma imediata, libertação dos reféns e a entrega de ajuda humanitária, “que corresponda às necessidades dramáticas do povo de Gaza, onde uma catástrofe humanitária se desenrola diante dos nossos olhos”. 

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta sexta-feira (27) uma resolução que pede ‘trégua humanitária’ apresentada pela Jordânia sobre o conflito entre Israel e Hamas. Além da pausa no conflito, a resolução pede ajuda e acesso à Faixa de Gaza para proteção aos civis. 

O texto teve 120 votos a favor, enquanto 45 se abstiveram e 14 votaram não, incluindo Israel e os Estados Unidos. A Assembleia Geral votou depois do Conselho de Segurança falhar quatro vezes nas últimas duas semanas. 

Em contraste com as resoluções do Conselho de Segurança, que têm caráter mandatório e preveem punições em caso de descumprimento, os textos aprovados pela Assembleia Geral não têm caráter vinculativoAinda assim, as votações da Assembleia têm peso político, refletindo a opinião global à medida que Israel intensifica as operações em Gaza.

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