Cidade da Islândia é evacuada após série de terremotos

País registrou mais de 500 tremores entre sexta e sábado. Cidade de pouco mais de 3.000 habitantes foi evacuada por temor de uma possível erupção vulcânica.

Por Deutsche Welle

A cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, que conta com pouco mais de 3.000 habitantes, foi evacuada na noite de sexta-feira (10/11) devido a temores de uma possível erupção vulcânica, informaram as autoridades de defesa civil do país.

A Islândia declarou estado de emergência na sexta-feira, depois que centenas de terremotos sacudiram o sudoeste da península de Reykjanes, um possível prenúncio de uma erupção vulcânica perto de Sundhnjukagigar, que fica cerca de três quilômetros ao norte de Grindavik.

Em um primeiro momento, o serviço meteorológico islandês havia declarado que uma erupção se produziria provavelmente "em vários dias, em vez de em poucas horas", após observar que o magma havia se acumulado sob a superfície da Terra, a uma profundidade de pelo menos cinco quilômetros.

Mas, na noite de sexta-feira, o serviço meteorológico notou que a atividade sísmica se aproximava da superfície e que o magma começava a subir verticalmente em direção à crosta terrestre entre Sundhnjukagigar e Grindavik, sugerindo que uma erupção poderia acontecer antes do previsto. Por isso, as autoridades decidiram evacuar Grindavik.

Situada cerca de 40 quilômetros a sudoeste da capital Reykjavik, Grindavik fica próxima do balneário geotérmico da Lagoa Azul, um destino turístico popular que foi fechado temporariamente no início desta semana por precaução após a série de tremores.

A cidade também fica perto da usina geotérmica de Svartsengi, a principal fornecedora de eletricidade e água para os 30.000 habitantes da península de Reykjanes.

O serviço meteorológico da Islândia informou que ocorreram 500 tremores de terra na região entre 15h de sexta-feira e 3h de sábado, no horário de Brasília, 14 deles com magnitude superior a 4.

A Islândia tem 33 sistemas vulcânicos ativos, o maior número da Europa.

jps (AFP)

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