Todas as 379 pessoas (367 passageiros e 12 tripulantes) a bordo de um avião da empresa aérea Japan Airlines (JAL) escaparam de um incêndio que começou depois de a aeronave colidir com um avião menor da Guarda Costeira japonesa na pista do aeroporto de Haneda, em Tóquio.
Porém, cinco dos seis tripulantes do avião da Guarda Costeira morreram, e apenas o piloto escapou com vida da tragédia, comunicaram autoridades japonesas.
Imagens ao vivo da emissora pública japonesa NHK mostraram o Airbus A350 da Japan Airlines em chamas enquanto deslizava pela pista, logo após o pouso.
A empresa aérea japonesa afirmou que o incêndio foi provavelmente causado pela colisão entre o avião de passageiros e a outra aeronave, logo depois da aterrissagem. O avião pegou fogo após uma explosão e acabou sendo engolido e destruído pelas chamas.
A Guarda Costeira confirmou que a colisão envolveu um de seus aviões que estava indo para o aeroporto de Niigata, na costa oeste do Japão, para levar alimentos e remédios, depois que um forte terremoto atingiu o país no dia do Ano Novo, matando ao menos 48 pessoas.
O avião da Japan Airlines, que fazia o voo de número 516, chegou do aeroporto de Chitose, em Hokkaido (norte do Japão), e pousou poucos minutos antes do incêndio, pouco depois das 18h (horário local, 6h de Brasília).
Vídeos compartilhados em redes sociais mostram passageiros gritando dentro da cabine cheia de fumaça ou correndo pela pista para longe do incêndio.
O aeroporto de Haneda comunicou que todas as pistas de pouso foram fechadas após o incêndio.
O Japão não sofria um acidente grave de aviação comercial há décadas. O pior acidente já registrado foi em 1985, quando um jumbo da JAL que voava de Tóquio para Osaka caiu na região central de Gunma, matando 520 passageiros e tripulantes. A tragédia foi um dos acidentes aéreos mais mortais do mundo envolvendo um único voo.
lr/as (Reuters/AFP)