Mitre: a ausência de Lula na posse de Javier Milei na Argentina

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

O presidente Lula não estará na posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, como já era esperado - vai mandar seu chanceler Mauro Vieira -, deixando claro que não se sentiria bem por lá depois dos ataques que recebeu do então candidato, durante a campanha - mas isso não muda as relações objetivas entre os dois países. 

Vamos aguardar o comportamento de um presidente e de outro, mas, na prática, decisões como a de manter o mesmo embaixador argentino em Brasília, são bastante significativas. A começar pelo sentido que já se antecipa nas relações dos dois governos - mais diplomáticas do que políticas. 

A carta de Milei a Lula, convidando para a posse, levada a Brasília pela futura chanceler argentina, já mostra o interesse em manter o nível das relações. Não foi suficiente para convencer Lula a ir à festa em Buenos Aires, mas sinaliza o interesse, principalmente econômico, que é realista e concreto. E dos dois lados - até mais da Argentina. 

Mas há também o fato de que o Brasil estabilizando sua relação com a Argentina atende melhor a sua posição de liderança na região. 

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