Depois de um dia intenso em Brasília, com reuniões com os poderes - poderes em harmonia - o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra nesta quinta-feira (10) com os líderes de bancada dos partidos que o apoiaram na eleição. É uma espécie de um núcleo inicial a partir de onde começa a construção da base parlamentar do novo governo.
Os números da coligação pairam perto dos 140 deputados, inteiramente insuficiente, claro. Mas somando-se as bancadas já em negociação, podem bater na casa de 280, que ainda não chegam aos 308 necessários para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Lula negocia, já acenou, por exemplo, ao centrão na sua primeira entrevista.
No Partido dos Trabalhadores, já se pensa em uma base fiel de 310 deputados, porém querem mais. O presidente eleito já disse que não fará um governo petista, mas de um conjunto de forças além do PT.
Enquanto isso, no caso especial da PEC de Transição, que deverá ser a opção de Lula, para cumprir suas promessas de campanha, a expectativa reforçada no encontro do presidente Lula com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), nesta quarta-feira (9) é que a aprovação é líquida e certa.