Fernando Mitre

Mitre: A estratégia do PT para as eleições municipais

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

A disposição do PT de ceder nas negociações para as eleições municipais, aceitando ter o menor número de candidatos nas capitais em 32 anos, coincide com várias análises, inclusive dentro do partido, claro, concluindo pelo caminho mais aberto de dar mais espaço para os aliados. 

O PT sozinho agora está longe de ser o melhor caminho, quanto mais acompanhado melhor. O mapa político desenhado pelo partido sugere a opção por ampliar as alianças e quanto a nomes petistas em cabeça de chapa prevem-se apenas 16 nas 26 capitais, as circunstâncias reforçam ou aconselham isso. Forçar a disputa em cabeça de chapa. Nem sempre é rumo eficiente, pode ser desastroso. 

A lembrança é fresca, nas últimas eleições municipais o PT concorreu em 21 capitais e não levou nenhuma. A ideia de recuperar o terreno perdido, o desafio político desse ano, desafio enorme, exige menos intransigência - para não dizer arrogância, velha arrogância e mais flexibilidade. Isso é elementar.

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